"Sermão de Santo António aos peixes": A crítica social
- Expressate AESL
- 25 de nov.
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Atualizado: há 1 dia

No sermão de «Santo António aos peixes», o padre António Vieira usa uma forma criativa para criticar a sociedade da época, ao dirigir-se aos colonos portugueses no Brasil, censurando os comportamentos errados, mas sem atacar diretamente.
No sermão, Vieira critica a ganância dos homens, representada pelos peixes grandes que comem os pequenos e, também, a hipocrisia simbolizada por peixes que aparentam ser virtuosos, mas que têm, pelo contrário, atitudes falsas.
Para tornar a sua mensagem mais eficaz, faz uso da ironia e da alegoria, comparando os peixes aos homens, para que o público perceba os próprios defeitos. Assim, o sermão não é apenas religioso, mas uma forte crítica social que apela à reflexão e à mudança de atitudes.
Em conclusão, o Padre António Vieira usa os peixes para criticar os vícios humanos e denunciar as injustiças da sociedade. No final, exorta os homens a ouvirem e a praticarem, verdadeiramente, a palavra de Deus, vivendo com fé, justiça e moral cristã.
Maria Eduarda Ramos, 11ºD
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No “Sermão de Santo António aos peixes”, o Padre António Vieira faz uma crítica à sociedade do seu tempo, utilizando a alegoria na pregação aos peixes.
Apesar de o sermão parecer ser apenas religioso, serve, também, para denunciar as injustiças dos colonos portugueses para com os indígenas no Brasil. Através da comparação com os peixes, o Padre censura a ganância, a hipocrisia, o egoísmo, o egocentrismo, a vaidade, ou seja, algumas atitudes humanas. Ao elogiar certos peixes (ex: rémora, torpedo e quatro-olhos) e ao censurar outros (peixes grandes que comem os pequenos), o autor pretende que os ouvintes reconheçam os seus erros e reflitam sobre o modo como vivem. A ironia e os exemplos que usa tornam a mensagem mais clara.
Vieira procura despertar a consciência moral e social, transformando o sermão numa poderosa crítica às desigualdades da época.
Ana Clara Santos, 11.ºD
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No “Sermão de Santo António aos peixes”, o Padre António Vieira utiliza a alegoria dos peixes para desenvolver uma crítica social firme dirigida à sociedade colonial do séc. XVII. O sermão foi pregado no Brasil, num contexto que é marcado pela exploração, escravidão e pela corrupção moral dos colonos portugueses.
Quando se dirige, simbolicamente, aos peixes, o Padre evita a censura direta e, ao mesmo tempo, revela os vícios humanos. Assim, denuncia a ganância, o egoísmo, a hipocrisia daqueles que se dizem cristãos, mas que praticam injustiças.
O pregador elogia os peixes pequenos que representam os humildes e virtuosos e condena os grandes, símbolo dos poderosos e opressores. Desta forma, a crítica social é transmitida com ironia e profundidade moral.
Além disso, também critica a falta de união entre os homens, comparando-os aos peixes que se “devoram” uns aos outros, evidenciando a desumanidade, a ausência de fraternidade e a falta de empatia.
Por fim, no “Sermão de Santo António aos peixes”, Vieira transforma a pregação religiosa num poderoso instrumento de reflexão e denúncia social, reafirmando a necessidade de uma conduta humana mais justa e cristã.
Leonor Leite, 11.ºD
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No “Sermão de Santo António”, o Padre António Vieira usa a alegoria. Em vez de pregar aos homens, finge dirigir-se aos peixes, fazendo uma crítica social aos colonos do século XVII.
Através dos peixes, Vieira denuncia os vícios humanos, como a corrupção, a ganância e a exploração dos indígenas. Elogia os peixes pequenos, que simbolizam os humildes, e crítica os grandes, que representam os poderosos que oprimem os mais fracos.
Outra crítica é a hipocrisia e a vaidade, simbolizadas pelos peixes que se deixam enganar pelo brilho do anzol.
Para dar mais eficácia à mensagem, o pregador utiliza recursos como a ironia, a antítese e a alegoria.
Para concluir, o “Sermão de Santo António aos Peixes” não é só uma pregação religiosa, é uma crítica social que denuncia os abusos e as injustiças do tempo de Vieira.
Rafaela Sousa, 11.º D



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