top of page

A gruta da lua cheia

Era uma noite de Halloween, repleta de mistério e aventura. Toda a gente se encontrava fora de casa, a caminhar pelas ruas, com os seus fatos assustadores e todas as casas se encontravam decoradas. Apenas Peter estava em casa, isolado no seu pequeno quarto, a compor canções na sua guitarra.

- Peter, andá lá para fora, já estás aí há séculos! Vamos fazer doçura ou travessura! – exclamou a irmãzinha irritante, Greta.

O rapaz nem se deu ao trabalho de responder, uma vez que só iria lá fora se o puxassem pelos pés. Visto que o irmão não ia consigo, Greta saiu porta fora para fazer doçura ou travessura. Passado algum tempo, a menina regressou com uma mão cheia de doces e quatro abóboras, cada uma com um rosto diferente. Entrou no quarto do irmão e pôs lá tudo.

- Peter, nem vais acreditar nisto! Encontrei uma gruta no meio dos arbustos, no fim da rua! Uma senhora idosa contou-me que a gruta atrai as pessoas através da luz da lua cheia e quem entra dentro dela transforma-se num esqueleto! Que parvoíce, não achas?!

De repente, uma rajada de vento fez com que a janela do quarto de Peter se abrisse, deixando a luz da lua cheia refletir-se no seu rosto. E durante alguns segundos, o rapaz não conseguiu deixar de fixar o olhar na lua.

- Maninho, estás bem?

Peter continuou a troca de olhares com a lua. Passados alguns minutos, a porta da frente abre-se misteriosamente e Peter sai com um ar hipnotizado. Greta segue atrás dele.

- Oh não! Ele vai em direção à gruta. Maninho, não vás por aí, não deixes que a gruta te atraia!

Peter seguiu gruta adentro, desta vez, sem a companhia da sua irmã. Desesperada, pedia ajuda às pessoas, que se riam, dizendo que ela estava doida. Greta esperou algum tempo fora da gruta e, sem saber onde estaria o irmão, voltou para casa.

Assim que abriu a porta do quarto de Peter, ela não conseguiu conter a alegria ao vê-lo a tocar guitarra, com as abóboras todas espalhadas pelo chão.

- Peter, és mesmo tu…?

Receosa, Greta tocou com a mão no seu ombro e deu de caras com um… esqueleto! Sem tempo de escapar, a pobre menina transformou-se num esqueleto através do toque físico. Transformados em esqueletos, caminhavam sem destino pelas ruas desertas, já que ninguém se queria aproximar deles, com os ossos a ranger. O som da guitarra ecoava, na noite, uma canção triste que atraía sombras, prometendo um destino que ninguém ousava enfrentar.

 

Adriana Soares, 8.ºB

 




Imagem gerada por IA.
Imagem gerada por IA.

Commentaires


bottom of page