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Manuel Alegre

Mudou-se para Coimbra, como estudante de Direito, onde participou, ativamente, nas lutas académicas e na resistência clandestina à ditadura do Estado Novo, tendo apoiado a candidatura de Humberto Delgado. 

Em 1961, iniciou o serviço militar em São Miguel, nos Açores, onde desencadeou, juntamente com Melo Antunes, um movimento que desafiou o regime e se opôs à Guerra Colonial. Este movimento tinha como objetivo tomar conta da ilha, mas tal não chegou a concretizar-se. No ano seguinte, Manuel Alegre foi mobilizado para Angola, onde foi preso pela PIDE devido ao seu envolvimento na tentativa de uma revolta militar contra a Guerra do Ultramar. Este esteve preso seis meses, em Luanda. 

Em 1964, regressou a Portugal, tendo-lhe sido fixada residência em Coimbra e proibida qualquer atividade política. Apesar da interdição, militou, ativamente, na luta clandestina e no movimento juvenil. Perante o risco iminente de prisão, Manuel Alegre passou à clandestinidade e partiu para o exílio na Argélia, em 1964, onde permaneceu durante dez anos, tornando-se locutor da rádio “Voz da Liberdade” e dirigente da Frente Patriótica Nacional. Depois do 25 de abril de 1974, regressou a Portugal, onde desempenhou funções no primeiro governo constitucional formado pelo Partido Socialista, em 1976. Foi eleito, diversas vezes, para deputado da Assembleia da República, continuando, deste modo, a sua atividade política. 

Em maio de 2016, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou: “Portugal também foi grande e é grande, porque Manuel Alegre é português”. O poeta tem sido distinguido por inúmeras condecorações e medalhas, sendo que, em 2017, recebeu o Prémio Camões.


Manuel Alegre
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