"Uma palavra escrita é a mais fina das relíquias" (Henry Thoreau)
Eduardo Lourenço de Faria
É o filho mais velho (de sete irmãos). Frequentou a Escola Primária na sua terra natal, ingressando, depois, no Liceu da Guarda e terminando os seus estudos secundários no Colégio Militar em Lisboa. Frequentou o Curso de Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde concluiu a licenciatura, com uma dissertação intitulada O Sentido da Dialéctica no Idealismo Absoluto.
Assumiu as funções de Professor Assistente nessa Universidade, cargo que desempenhou até 1953. Desde então e até 1958, exerceu as funções de Leitor de Língua e Cultura Portuguesa, nas Universidades de Hamburgo, Heidelberg e Montpellier. Chega a ocupar o lugar de Leitor, a cargo do governo francês, nas Universidades de Grenoble e de Nice. Publicou, em edição de autor, o seu primeiro livro Heterodoxia I, em novembro de 1949.
Casa com Annie Salomon, em 1954, e, em 1966, nasce o seu filho adotivo, Gil.
Ao seu livro Pessoa Revisitado – Leitura Estruturante do Drama em Gente é atribuído o Prémio Casa da Imprensa (1974). Em 10 de junho de 1981, foi condecorado com a Ordem de Sant’Iago d’Espada pelo seu livro Poesia e Metafísica.
Dirigiu, a partir do inverno de 1988, a revista Finisterra - Revista de Reflexão e Crítica - e é nomeado Adido Cultural junto da Embaixada de Portugal em Roma.
Nos últimos anos de vida, Eduardo Lourenço recebeu ainda mais prémios e alcançou, ainda, a distinção Honoris Causa, pelas Universidades do Rio de Janeiro (1995), Universidade de Coimbra (1996), Universidade Nova de Lisboa (1998) e Universidade de Bolonha (2006).
Morreu em Lisboa, no dia 1 de dezembro de 2020, com 97 anos. O Governo decretou um dia de luto nacional em sua homenagem.
