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O combate à pobreza

A pobreza consiste na escassez excessiva de algo, normalmente, algo essencial e importante. A pobreza é referida, muitas vezes, como falta dinheiro, abrigo e bens materiais essenciais à existência de boas condições de vida. Contudo, existe uma pobreza muito pior e maior do que a pobreza tantas vezes referida. Essa é tão poucas vezes mencionada, uma vez que está escondida no museu mais secreto, no avião que constrói o seu trajeto, no mais complexo planeta, na cidade mais dinâmica, no computador que distorce a realidade. Eu estou, claro, a falar da mente humana.



A mente humana é algo bastante superficialmente referido e eu não pretendo falar sobre isso, pois esse não é o objetivo deste texto. O ser humano devia cuidar da sua mente, visto que a própria mente é a identidade, a personalidade, são os pensamentos, as memórias, as emoções e as formas como se interpretam objetos e pensamentos. Mas, afinal, onde reside a pobreza na mente humana? Nós conseguimos pensar e sentir tudo o que quisermos, quando quisermos? Claro que não! Porém, nós temos a capacidade de gerir minimamente os nossos pensamentos e emoções. O leitor sabe gerir os seus pensamentos e emoções, ora duvidando e criticando os pensamentos moribundos, ora determinando as emoções perturbadores? Por outas palavras, sabe gerir a sua saúde mental? Ou, até, desenvolver um raciocínio indutivo e abstrato, de modo a compreender-se intra e interpessoalmente? O certo é que toda a gente devia fazer isso para assegurar a sua saúde mental.

Agora, podemos perceber o quão pobres nós somos. Por exemplo, quando alguém nos ofende, devemo-nos lembrar de que, por trás de uma pessoa que fere, há uma pessoa ferida; quando vemos alguém fazer algo com que não concordamos, em vez de julgar a ação do outro, podemos pôr-nos no lugar do outro; quando vivemos num corpo desconhecido, é nossa obrigação compreendê-lo.

Em síntese, antes de se tentar combater a pobreza física, devemos combater a pobreza psíquica.


Manuel Teixeira, 8.ºC


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